sábado, 16 de abril de 2011

Dia do Índio




Soneto da Fidelidade





De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinícius de Moraes

A Arte de Amar


 
Ninguém sabe explicar
Não tem uma regra a ser seguida
Algumas pessoas
amam
o que não podem ter
Outras amam somente
quando passam a ter.
Uns amam o que inventam
Outros inventam algo para
amar
Algumas ainda dizem "EU TE AMO"
Sem nenhuma verdade no olhar
Outras não falam por falta de coragem
Ou apenas não podem levar adiante
um amor não permitido
Já que o amor é tão puro
Por que existem amores proibidos?
Quem ordenou que o coração
Têm que pertencer a uma só pessoa?
Não sei a resposta
para tantas questões amorosas.
Mas sei do meu amor e amores
Estes tenho certeza
Que sempre foram os mais verdadeiros sentimentos
Por isso não quero
durante minha vida toda
Procurar por respostas
Só quero mesmo
continuar sentindo e vivendo
Cada um dos meus amores
Intensamente, sem controle e sem limites
Quero apenas viver esta arte de amar!!!